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É famoso o apetite desenfreado dos adolescentes. E é assim porque o crescimento estável da infância cedeu o lugar a um ritmo mais acelerado motivado pelas alterações fisiológicas próprias da puberdade.
O corpo prepara-se para ganhar contornos de adulto: o desenvolvimento muscular e ósseo exige um acréscimo nutricional, fazendo com que comam sem parar, como se fossem insaciáveis.

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Em qualquer idade é fundamental uma alimentação saudável, mas na adolescência ela cumpre objectivos muito específicos, devendo assegurar o máximo desenvolvimento (de acordo, naturalmente, com as características genéticas de cada um), reforçar a capacidade de resposta do organismo e, em consequência, as suas defesas contra doenças infecciosas e outras, potenciar as capacidades mentais e as competências intelectuais.
É também na adolescência que se previnem muitas das doenças que, na idade adulta, têm subjacente uma alimentação desequilibrada: obesidade, diabetes, hipertensão arterial e colesterol elevado. Esta é uma etapa de grandes mudanças, mas também uma oportunidade para incutir hábitos saudáveis.

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Para atingir estas metas, a alimentação de um adolescente deve incluir alimentos plásticos (estruturais), energéticos e reguladores. São plásticos (mas não "comida de plástico") os que funcionam como matéria-prima do organismo, estando envolvidos na formação das células e tecidos. Assim acontece com as proteínas, de que os principais representantes são a carne, o peixe, o ovo e o leite e derivados.
Já os alimentos energéticos são aqueles que, como o nome indica, fornecem energia para as diversas funções do organismo: massas, arroz, batata, pão e doces devem fazer parte da alimentação dos adolescentes, que necessitam de maiores quantidades do que os adultos, mas não os devem consumir em excesso sob pena de se somarem quilos indesejados. Os cereais completos (integrais) devem ser preferidos.
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Reguladores são os alimentos que controlam as reacções químicas celulares, assegurando que o organismo funciona em harmonia, o que é essencial numa fase de plena evolução fisiológica como a adolescência. Deles fazem parte frutas e legumes, fontes de fibras, vitaminas e sais minerais: saladas, sopas e várias peças de fruta por dia são imprescindíveis. Não são propriamente os alimentos preferidos dos adolescentes, mas são necessários sob pena de emergirem carências nutricionais.

Riscos
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A relação dos adolescentes com os alimentos pode ser muito conturbada. Esta é uma fase da vida em que são muito vulneráveis aos excessos, num sentido e noutro. Porque estão em crescimento acelerado, são atraídos por alimentos calóricos, o que os torna vítimas fáceis da obesidade. Mas porque mantêm uma relação insegura com o próprio corpo sentem-se tentados a enveredar por dietas restritivas, com o risco de um distúrbio alimentar.


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A obesidade na adolescência é, tal como na infância, o reverso do desenvolvimento, visível em sociedades que oferecem soluções fáceis em que o sedentarismo e a chamada fast-food se conjugam. Aos adolescentes e jovens são propostos alimentos concebidos para lhes despertar o interesse e o apetite, de tal forma vão ao encontro dos seus gostos.
São atractivos no sabor, na textura e na apresentação. E são o ideal quando não há propriamente um padrão de alimentação: os adolescentes fazem mais refeições fora de casa e saltam refeições, substituindo-as por lanches de alimentos com baixo teor nutritivo mas elevado teor calórico.
Em tempo de aulas, e tendo em conta que muitos prescindem do pequeno-almoço, só o jantar os senta à mesa de família: pelo meio, preferem os cafés em redor da escola e as máquinas automáticas à cantina, o que é meio caminho andado para comerem mal.
Este é um dos riscos. No outro extremo situam-se os distúrbios alimentares, potenciados por uma imagem distorcida que, não raro, os adolescentes têm do próprio corpo.
Sentem-se gordos de mais, mesmo quando a balança e o espelho lhes dizem o contrário. E tentam tudo por tudo para perder os imaginários quilos em excesso. Mais as raparigas, mas também os rapazes. Caem nas malhas da anorexia e da bulimia, ambas relações obsessivas com a comida.
A primeira é alimentada por um medo intenso de engodar que conduz a uma rejeição dos alimentos: o que se come é avaliado ao grama. A segunda caracteriza-se pela alternância entre a ingestão compulsiva de alimentos e comportamentos de purga, nomeadamente a toma de laxantes ou o jejum.
Ambos os distúrbios colocam a saúde em risco: perdem-se quilos é certo, mas também se fragiliza o organismo.
São os extremos de quem se sente perdido entre a infância e a idade adulta, utilizando, ainda que involuntariamente, os alimentos para satisfazer necessidades mais emocionais do que fisiológicas.

Alimentar a adolescência smiles
Os adolescêntes precisam de energia para sustentar o crescimento, o que passa por:
• Aumentar a ingestão de hidratos de carbono (pão, massa, arroz, batata, cereais), diversificando mas sem exagerar;
• Reforçar o consumo de produtos lácteos;
• Manter o consumo de proteínas, mas limitando a gordura de origem animal;
• Aumentar a ingestão de frutas e legumes;
• Beber água em abundância;
• Evitar as bebidas gaseificadas e refrigerantes;
• Moderar o sal e o açúcar;
• Tomar sempre o pequeno-almoço;
• Repartir as refeições para evitar as compulsões alimentares;
• Praticar exercício físico.
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Comentários

Susana Falhas disse…
Olá Manuela!

Peço imensa desculpa só agora vir responder à tua mensagem ...é claro que também te considero amiga, ainda para mais uma mulher com raizes beirãs bem próximas de mim!

Olha regressei ontem de Idanha e só agora estou a visitar os amigos todos e contar lá no blogue o que podem ainda ver até este domingo que vem (a feira raiana).

Bjs e um bom fim de semana!

Susana

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