Como se medem os níveis de ferro?





Basta uma análise ao sangue para avaliar os níveis de ferro no organismo. Em pessoas saudáveis, o valor de referência da ferritina (principal proteína que armazena o ferro nas células) é de 16 a 300 ng/ml nos homens e de 10 a 161 ng/ml nas mulheres, explica a nutricionista. Embora o corpo limite as perdas deste mineral (acontecem através das fezes, da urina e da menstruação), os défices de ferro são relativamente comuns – a carência de ferro é a deficiência nutricional mais comum em todo o mundo, assegura a Direção-Geral da Saúde. Verifica-se sobretudo em vegetarianos, recém-nascidos, pessoas intolerantes à lactose e mulheres em idade fértil. “Muitas pessoas têm a dosagem de ferro normal [quantidade de ferro livre no sangue] e a ferritina baixa”, adianta Lillian Barros. “A dosagem de ferro não é o mais importante, pois é através da ferritina que o ferro é armazenado para se tornar utilizável pelo corpo”, diz.


Que quantidade se deve ingerir?
As doses diárias recomendadas variam de acordo com a faixa etária:

Crianças
1 mg a 2 mg por quilo até atingirem 10 kg de peso;

Homens
10 mg de ferro/dia;

Mulheres
15 mg/dia em idade fértil. Depois desta fase, a quantidade recomendada diminui para 10 mg/dia.

Quais as consequências do défice de ferro?
Fadiga, cefaleia (dor de cabeça), palpitações, queda de cabelo, tonturas e palidez são sintomas associados à carência de ferro. Em algumas pessoas pode provocar anemia (diminuição dos níveis de hemoglobina no sangue), hipotiroidismo (disfunção na tiroide) e fragilizar o sistema imunitário, aumentando o risco de infeções. “A falta de ferro é frequentemente causada por uma alimentação incorreta”, diz a nutricionista, alertando para a importância de se ter uma alimentação equilibrada.

Alimentos ricos em ferro
Para prevenir carências nutricionais, inclua na sua dieta os seguintes alimentos ricos em ferro.
Alimentos com ferro hémico (mais facilmente absorvido pelo organismo e por isso mais indicado para quem tem anemia):
– Gema de ovo;
– Carne;
– Vísceras.

Alimentos com ferro não-hémico (de absorção mais lenta):
– Grão de bico;
– Feijão;
– Ervilhas;
– Lentilhas;
– Espinafres;
– Couve-portuguesa.

“A grande diferença entre estes grupos é o tipo de ferro de cada um deles. Nos alimentos de origem animal trata-se de um ferro hémico, enquanto nos restantes, de origem vegetal, o ferro é não-hémico (menos biodisponível)”. O consumo de alimentos de ambos os grupos contribui para uma dieta equilibrada e é essencial à saúde.

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